sexta-feira, 9 de setembro de 2011

there

E lá estava ela, sentada, chorando, cabeça baixa, soluçando. Fazia frio, chuva, céu negro e muitas nuvens, nada de lua, nem de estrelas. Mar bravo, maré alta, muitas ondas. Ela gritava. Chamava por um nome, gritava por seu amor. Ali permaneceu por horas, até que se cansou. Olhou para o céu, percebeu que o mesmo também havia se cansado, não mais chovia, as nuvens se dissiparam, a lua nos mostrou seu brilho e as estrelas fizeram as honras da casa. A menina parou, pensou, pensou mais uma vez, repensou e decidiu, parou de tratar como um tudo quem a enxergava como um nada, parou de derramar lágrimas à quem nem sorrisos lhe entregava. Então sorriu. Despejou toda dor e toda raiva naquele mar, esperou que as ondas as levassem embora. Fechou os olhos, abriu. Por fim, sussurrou, agradeceu bem baixinho àquele que por ele antes gritava. O agradeceu por te-la feito mais forte, por te-la ensinado que ela era mais. Mais forte do que ele, ela e todos imaginavam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

sugestões e opiniões são bem vindas (: